Assisti de perto o Brasil trazer 30 medalhas para casa e quebrar recordes históricos no Peru. E posso dizer: foi incrível!
Já estou em São José dos Campos após o Jogos Pan-Americanos Lima 2019 e cheia de orgulho por ter vivenciado de perto tantas superações e conquistas. O Brasil ficou na vice-liderança do quadro de medalhas geral, ganhando 55 ouros. Para comemorar mais ainda: a natação foi uma das principais responsáveis por impulsionar a boa campanha brasileira.
Já no primeiro dia da natação foram seis medalhas, sendo três ouros. No revezamento 4×100 livre masculino, assistimos aos nossos atletas completarem a prova com um novo recorde Pan-Americano e chegarem ao Hexacampeonato. O Leo de Deus, outro destaque, conseguiu o tricampeonato no 200 borboleta.
Falando em recordes, a atleta Etiene Medeiros se tornou a mais vitoriosa da natação brasileira em Jogos Pan-Americanos, conquistando mais um ouro individual, dessa vez nos 50 livre – ela é a única mulher medalhista de ouro em Pans (foi ouro nos 100 costas em 2015). Tivemos também o grande desempenho de Larissa Oliveira, que arrematou sete medalhas na competição e ficou conhecida como “Miss Pan”. Um dos destaques da nova geração feminina foi a Fernanda Goeiji, que quebrou o recorde Sul-Americano nos 200 costas com o tempo de 2.11.95.
Mais ouros vieram com o Bruno Fratus, no 50 livre, que já havia conquistado medalhas de prata em 2011 e 2015, com o Guilherme Costa no 1500, categoria na qual o Brasil não subia ao pódio desde 1951, quando Tetsuo Okamoto realizou tal feito. Tivemos o ouro do Marcelo Chiereghini nos 100 livre, o do João Gomes nos 100 peito e do Fernando Scheffer no 200 livre, além do revezamento 4×200 livre masculino, que bateu o recorde Pan-Americano e o 4×100 medley misto, que fizeram ecoar nosso hino no Centro Aquático La Videna.
Tivemos também medalhas nas maratonas aquáticas com a Ana Marcela Cunha trazendo um ouro histórico e com a Viviane Jungblut, que ganhou bronze tanto na maratona aquática, quanto nos 800 livre na piscina.
Só a natação (piscina) trouxe para casa dez ouros, nove pratas e 11 bronzes, um total de 30 medalhas. Um recorde nos Pans: 4 medalhas a mais do que nas últimas edições da competição, em 2015 e 2007. Foi muito bom, como comentarista, sentir de perto a energia da natação e poder conversar com os atletas logo depois das provas, naquele momento de emoção para todos e poder levar essa emoção para o pessoal que estava acompanhando pela TV ou pelas redes sociais.
Agora, nossos olhos estão voltados para Tóquio, no Japão, sede das Olimpíadas de 2020. Porém, o que gostaria de reforçar é que Jogos Pan-Americanos têm um nível diferente de Jogos Olímpicos e não podemos comparar um com o outro. Pan é uma chuva de medalhas e temos que comemorar que, neste ano, batemos esse recorde. Para alguns atletas, o Pan pôde mostrar que estão no caminho certo e, para outros, que ainda precisam corrigir o curso e se aprimorar para Tóquio. Valeu, Brasil! Obrigada a todos pelas energia e que venham as próximas competições!
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