Em ano de Olimpíada, a maior conquista para os atletas é a vaga que vai levá-los rumo a Tóquio. Mas, antes, vem a seletiva: o Troféu Brasil, em abril.
Se você é fã de natação, provavelmente já ouviu falar sobre as conquistas dos atletas Luiz Altamir e Giovanna Diamante, nomes promissores do esporte. Em 2020, a expectativa é que se ouça falar ainda mais sobre eles, que batalham por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que acontece em julho. Para isso, o casal — sim, os dois são namorados — tem treinado intensamente desde o ano passado para obter a classificação que leva às Olimpíadas no Troféu Brasil.
A seletiva olímpica ocorre em abril no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, nos dias 20 e 25 de abril e será a única chance dos nadadores brasileiros irem à Tóquio.
A seguir, Altamir e Giovanna em entrevista para o blog, falam sobre a carreira, treinos e as expectativas para 2020.
Quando vocês começaram a nadar?
Luiz Altamir: Comecei a nadar com 1 ano de idade, por influência da minha mãe, que é professora de natação. Sempre fiz muitos esportes, mas sou apaixonado pela natação. O sonho de ser atleta e estar na seleção brasileira surgiu aos 13 anos, quando participei do meu primeiro campeonato brasileiro e eu conquistei 3 medalhas de ouro e alguns recordes.
Giovanna Diamante: Comecei a nadar com 6 meses de vida. Não havia nenhuma expectativa dos meus pais sobre isso, a não ser me colocar para fazer um esporte. Mas fui crescendo e desenvolvendo o gosto, querendo aprender cada vez mais.
Quem incentivou e incentiva a carreira de vocês?
LA: Primeiramente a minha família, que apoia bastante desde o começo, e a minha namorada, a Giovanna, que também participa da minha trajetória. Só tenho que agradecer a eles por tanto apoio.
GD: Meus pais e meus avôs sempre estiveram ao meu lado, desde muito pequena, quando me colocaram para aprender a nadar. Eles também me acompanham em diferentes competições desde sempre. Agora tenho o apoio do meu namorado, o Luiz, que mesmo a gente morando longe esse incentivo é muito bom!
Quais foram os momentos mais marcantes da carreira?
LA: O momento que mais marcou a minha carreira foi o revezamento 4×200 metros livre do Brasil no mundial Hangzhou, na China, batemos o recorde mundial. Teve também a prova de 4×200 metros livres dos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015, onde quebrei o recorde de tempo do Pan, com 7m11s15, ao lado do João de Lucca, Thiago Pereira e Nicolas Oliveira.
GD: Minha carreira foi marcante desde o início quando comecei no meu primeiro clube, o Paineiras. Lá conquistei medalhas nas provas de 100m e 200m borboletas. Fui para o Sesi depois e participei dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, onde ganhei medalha de prata no revezamento 4x100m livres misto. Depois fui para o Pinheiros, onde estou hoje e conquistei o título de campeã Pan-Americana Lima 2019 no revezamento 4×100 medley misto.
Quem é seu ídolo(a) na natação?
GD: Maria Lenk, que marcou o início da natação feminina. O que ela fez pelo esporte é maravilhoso. Como atleta, é minha referência e queria fazer um terço do que a Maria Lenk fez para os atletas da natação.
Quais são as especialidades de vocês na natação?
LA: Sou especialista em 200m e 400m livres e 200m borboleta e tenho treinado bastante essas três modalidades de prova para alcançar os índices classificatórios para as Olimpíadas de Tóquio 2020.
GD: As minhas especialidades são 100m e 200m borboleta e, quando precisa, eu nado 50m borboleta também.
Quais são as expectativas para o Troféu Brasil?
LA: Os preparativos para o Troféu Brasil estão sendo muito bons, estou treinando bastante e minha expectativa é sempre de me superar, conseguir melhorar meu tempo para todas as provas e campeonatos.
GD: As minhas expectativas para o Troféu Brasil são as melhores, estou bem animada. Espero conquistar os meus objetivos lá. Os treinos estão bem fortes desde o ano passado. Nessa época de treinos pesados o mais desafiador é estar disposta a treinar bem todos os dias, a rotina é intensa.
O que esperam para o Brasil nas Olimpíadas de 2020?
LA: Para o Brasil, a minha expectativa é pelo bom desempenho dos atletas. Com certeza traremos bons resultados para casa.
GD: Espero que o Brasil tenha uma boa participação e que a gente traga melhores resultados do que nas Olimpíadas Rio 2016, quando ficou aquela pontinha de frustração. Está na hora da natação feminina dar um passo à frente, quem sabe estar em mais uma final ou conquistar mais medalhas. Espero que aconteça!
Qual a maior lição que o esporte ensinou para vocês?
LA: Nunca desistir.
GD: Perseverança. Se você tem um sonho, dedique-se a ele, vá atrás e dará certo!
Que dica vocês dão para quem está começando na natação e tem vocês como referência?
LA: Minha dica é: divirta-se. Aproveite cada momento, treine firme e tudo vai valer a pena.
GD: Por mais que você tenha dias difíceis sempre faça tudo com muita alegria e tente encarar esses momentos de uma forma positiva. Fazer aquilo com um sorriso todos os dias faz a diferença, acredito que isso se aplica a qualquer carreira, mas na natação, eu posso garantir que dá certo.